Miss neurónio de plástico

Houve um tempo, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, em que por cá se acabou com os concursos de beleza, qualificados «reaccionários», «burgueses» e «fascistas». Não consigo recordar se esta posição era uma imposição da ortodoxia marxista, e por isso comum aos países da Europa do Leste,  ou se foi uma inovação dos revolucionários cá do burgo.  Vem isto a propósito de ter lido hoje que na Hungria alguém se lembrou de organizar um concurso de beleza visando promover as cirurgias plásticas, no qual foi eleita uma «Miss plastic». Se esta moda dos concursos de beleza «odd» pega, não é de admirar que um dia destes alguém se lembre de organizar um concurso para eleger uma «Miss neurónio de plástico», aproveitando a existência de candidatas como uma tal Carrie Prejean, admiradora da antiga governadora do Alasca, Sarah Palin,  que no passado dia 11  foi ao programa do Larry King. Ora vejam:



5 comentários:

teresa disse...

... e aqui venho espreitar o post que despertou a curiosidade pessoal.

De imediato, veio à memória uma pequena provocação de um professor na faculdade: em turma (como em todas dos cursos de literatura)de composição quase exclusivamente feminina, o mestre (nunca levámos a mal, pois o sarcasmo é um dos seus traços característicos) citando Eça (não recordo em que obra) dizia: "as mulheres devem ser bonitas e pouco inteligentes/eloquentes"... uma entrevista como a apresentada no vídeo, deverá ter suscitado uma das seguintes posições extremadas: manteve os espectadores 'colados' ao ecrã por se tratar da anti-entrevista ou, caso contrário, deverá ter sido um fracasso de audiências, tal o raciocínio PVC (chamemos-lhe assim partindo da sua sugestão 'neurónio de plástico') da entrevistada.

Um bom fim-de-semana.

Nicolina Cabrita disse...

Sabe que comecei por ver este excerto da entrevista no Ionline e depois acabei por encontrar o resto no Youtube e achei fascinante, do princípio ao fim. É politicamente incorrecto dizer que uma mulher quanto mais bonita mais burra, mas depois de ouvir esta personagem é difícil fugir ao preconceito... :-)
Abraço, com votos de bom fim de semana.

Maria Josefa Paias disse...

Nicolina,
Por mais que veja entrevistas deste género que me enviam por mail, e de pensar que não é possível piorar os desempenhos dos entrevistados, constato que é possível sim senhora!
O título que deu ao seu texto é fabuloso.
Beijinho.

Nicolina Cabrita disse...

Obrigada, Maria Josefa :-)
Beijinho

Ana Paula Sena disse...

Nicolina, isto pareceu-me absolutamente confrangedor!

O seu título é, sem dúvida, excelente.

Beijinhos :)

(e obrigada por estas "novidades")