Há jornais que falam em certas figuras como se de heróis de banda desenhada se tratasse, e sempre que me acontece deparar com títulos como este fico à espera de encontrar, na fotografia ao lado, uma daquelas musculadas figuras, em «maillots» reluzentes, exibindo os mais mirabolantes super-poderes. O pensamento é absurdo, como é evidente, mas ainda assim, às vezes, a imagem consegue surpreender-me, como aconteceu neste caso. Um juiz de instrução a trabalhar num gabinete, situado num rés do chão, com acesso directo para a rua, entre paredes de vidro? Homessa! Se se entende que não há perigo, para quê, então, a segurança pessoal? No mínimo é bizarro...
Há ofícios assim
«Passei este fds com a cabeça dentro de dossiers vermelhos, a analisar guias de transporte. Eram para um caso que me acompanha há seis anos e em que eu acreditava piamente no Autor. Exacto, acreditava. Pelas guias percebo que ele mente. Primeiro, fico furiosa e, num ataque extremo de energia, dou banho à cadela. Agora, estou bastante triste...», escreveu a Xaxão, aqui. Como eu a entendo! Confiar ou não, «eis a questão» quando se é advogado. Nos primeiros tempos, é a decepção e a tristeza quando descobrimos que alguém nos enganou. Então passamos a confiar apenas no que entendemos. Depois descobrimos que há realidades que nunca conseguimos entender, e ainda assim optamos por confiar. Esta escolha, com o tempo, vem a revelar-se mais amarga. Há quem diga que, mais tarde ou mais cedo, todos acabamos por desistir da confiança. Por ora tento não pensar muito nisso. Ainda não estou mentalmente preparada para assumir o estado de «morta-viva».
Umbigos portugueses
Há dias li num blog, algures, um comentário em que alguém se afirmava afastado do blogumbiguismo. Fixei a palavra blogumbiguismo. Pareceu-me adequada para definir muito do que por aí se vê, net fora, e ponderei em que medida se aplica a mim. Hoje li que alguém andou a fazer perguntas a 937 incautos cidadãos para depois concluir que os portugueses estão «mais individualistas, não morreriam por nada, nem por ninguém, senão pela sua própria família». Acrescenta a notícia que «se fosse há dez anos, para oito em cada dez pessoas fazia sentido morrer para salvar a vida de alguém. Hoje, apenas 46 por cento respondem que morreriam nessas circunstâncias». Ora, morrer para salvar a vida de alguém é sinal de altruísmo, ou seja, o oposto de egoísmo. E o que é que isto tem a ver com individualismo? O autor do tal estudo esclarece: «é a noção de individualismo na sociedade e não o egoísmo que faz os portugueses responderem que concordam em parte ou totalmente que "cada qual cuide de si"». Entendi. Os portugueses, não só estão mais egoístas, como sabem menos português. Bate certo. Depois fiquei a pensar se para mim ainda faz sentido morrer para salvar a vida de alguém que não seja da minha família e cheguei à conclusão que sim. Aliás, para ser franca, não tenho assim em tão grande conta a generalidade dos parentes. No que respeita a alguns deles, sou até capaz de preferir um estranho. Portanto, talvez o meu caso integre os 2,75 de margem de erro do estudo. E se me parece possível concluir que não sou «individualista», então talvez escape ao blogumbiguismo. Talvez. Sempre vou para a cama menos infeliz. Vivam os portugueses!
O valor das ideias

O professor Carlos Santos certamente não levará a mal que lhe «roube» o título do blog, de que é o autor, para publicamente agradecer esta amabilidade, que me surpreendeu. Há quem escreva muito mais e bem melhor sobre assuntos tão ou mais interessantes. Assim sendo, porquê eu?
De acordo com as regras do prémio, cabe-me, agora, designar outros sete blogs. O «selo» já está lá em cima, segue o «texto oficial»:
"O blog «O Valor das Ideias» atribuiu ao «Ângulo Recto» o Prémio Lemniscata. “O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores."
Sobre o significado de LEMNISCATA:LEMNISCATA: “curva geométrica com a forma semelhante à de um 8; lugar geométrico dos pontos tais que o produto das distâncias a dois pontos fixos é constante.”
Lemniscato: ornado de fitas Do grego Lemniskos, do latim, Lemniscu: fita que pendia das coroas de louro destinadas aos vencedores(In Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora)
Acrescento que o símbolo do infinito é um 8 deitado, em tudo semelhante a esta fita, que não tem interior nem exterior, tal como no anel de Möbius, que se percorre infinitamente."
[Texto da editora de “Pérola da cultura”]
Por ordem cronológica (a minha), aqui vão as 7 nomeações:
«A Revolta das Palavras»
[por todas as razões em geral, e em particular por ter sido aquele que me fez ter vontade de escrever]
«Incursões»
[por muitas razões, e em particular pelos textos do MCR]
«Defensor Oficioso»
[pelo serviço público]
«Diário de um sociólogo»
[por ser uma janela aberta para outros mundos]
«Imenso, para sempre, sem fim»
[pela excelência humana]
«Fazer para aprender»
[pela meritória causa, defendida com muito mérito]
«Walter-Ego»
[por ser diferente]
Por ordem cronológica (a minha), aqui vão as 7 nomeações:
«A Revolta das Palavras»
[por todas as razões em geral, e em particular por ter sido aquele que me fez ter vontade de escrever]
«Incursões»
[por muitas razões, e em particular pelos textos do MCR]
«Defensor Oficioso»
[pelo serviço público]
«Diário de um sociólogo»
[por ser uma janela aberta para outros mundos]
«Imenso, para sempre, sem fim»
[pela excelência humana]
«Fazer para aprender»
[pela meritória causa, defendida com muito mérito]
«Walter-Ego»
[por ser diferente]
Citação do dia
Às vezes são afirmações desrazoáveis, outras vezes aquelas para as quais não descortino fundamento, ou me parecem aleivosas, ou ainda absurdas, normalmente são essas que prendem a minha atenção e depois aqui «afixo». Hoje «apeteceu-me algo», tipo «bombom moralizador», algo que me faça ter vontade de continuar, porque nesta vida que eu levo, fazendo o que faço, há dias em que é particularmente difícil manter recto o ângulo. Vagueando na net, um pouco à deriva, fui ter à definição de «carácter» que abaixo transcrevo. Não li o livro, não sei se reproduz o que foi escrito de forma fidedigna, mas ainda assim, aqui fica:
«Obedecer aos próprios sentimentos? Arriscar a vida ao ceder a um sentimento generoso ou a um impulso de momento... Isso não caracteriza um homem: todos são capazes de fazê-lo; neste ponto, um criminoso, um bandido, um corso certamente superam um homem honesto. O grau de superioridade é vencer em si esse elã e realizar o acto heróico, não por um impulso, mas friamente, razoavelmente, sem a expansão de prazer que o acompanha. Outro tanto acontece com a piedade: ela há-de ser habitualmente filtrada pela razão; caso contrário, é tão perigosa como qualquer outra emoção. A docilidade cega perante uma emoção - tanto importa que seja generosa ou piedosa como odienta - é causa dos piores males. A grandeza de carácter não consiste em não experimentar emoções; pelo contrário, estas são de ter no mais alto grau; a questão é controlá-las e, ainda assim, havendo prazer em modelá-las, em função de algo mais.»[Friedrich Nietzsche, in 'A Vontade de Poder']
«Obedecer aos próprios sentimentos? Arriscar a vida ao ceder a um sentimento generoso ou a um impulso de momento... Isso não caracteriza um homem: todos são capazes de fazê-lo; neste ponto, um criminoso, um bandido, um corso certamente superam um homem honesto. O grau de superioridade é vencer em si esse elã e realizar o acto heróico, não por um impulso, mas friamente, razoavelmente, sem a expansão de prazer que o acompanha. Outro tanto acontece com a piedade: ela há-de ser habitualmente filtrada pela razão; caso contrário, é tão perigosa como qualquer outra emoção. A docilidade cega perante uma emoção - tanto importa que seja generosa ou piedosa como odienta - é causa dos piores males. A grandeza de carácter não consiste em não experimentar emoções; pelo contrário, estas são de ter no mais alto grau; a questão é controlá-las e, ainda assim, havendo prazer em modelá-las, em função de algo mais.»[Friedrich Nietzsche, in 'A Vontade de Poder']
Liberdade e Cidadania - Saravá Gonzalo!
Há uns tempos atrás o prof. Gonzalo Ramírez Cleves, autor do blog Iureamicorum, convidou-me a participar no «Encuentro de Blawgs (BB/09) - Bogotá 2009» que irá realizar-se entre os próximos dias 12 e 14 de Agosto, na Universidade da Colômbia. Na altura explicou-me que a participação poderia consistir no envio de um texto, não implicava necessariamente uma presença física no encontro, e este facto, associado, como é evidente, à simpatia do convite, fez-me aceitar, de imediato, o desafio. Infelizmente, lá diz o ditado que «de boas intenções está o inferno cheio», pelo que, em consciência, sou agora forçada a reconhecer que não cumpri minimanente o que prometi. As minhas desculpas ao Gonzalo, com a devida explicação pública, que a circunstância do «Ângulo» estar há largos meses «indexado» ao Encontro, torna necessária: desde que, em Janeiro do ano passado, assumi funções como vogal do Conselho Superior da Ordem dos Advogados, tenho pensado, em várias ocasiões, suspender a minha actividade como blawger. Se tal não aconteceu ainda, é apenas porque há sempre um assunto ou outro que acaba por motivar a minha intervenção, em prol da cidadania, e sem implicar sacrifício do meu dever de contenção e reserva, que a função de juiz, no seio da minha Ordem, agora me impõem. O resultado está à vista. Tenho escrito muito menos, o que, naturalmente, não prejudica ninguém, excepto eu própria, uma vez que, para mim, escrever é, acima de tudo, um exercício de liberdade e de cidadania. Escrever purga-me, manter um «blawg» é a minha maneira de «acertar as contas» com o que me agride, entristece, enfurece, enoja, porque hoje já não vive quem antes, nos dias difíceis, me dizia «já vi que hoje estás zangada com o mundo!» e com isso me ajudava a libertar essa carga. Liberdade e Cidadania são a «substância» deste meu «Ângulo». Liberdade e Cidadania são, igualmente, os valores que estão na base da meritória actividade desenvolvida pelo Gonzalo e demais Companheiros, ao longo deste último ano, promovendo e organizando o Encontro de Blawgs - Bogotá 2009. Do lado de cá do Atlântico, com muita amizade e respeito, aqui fica a minha saudação para todos os blawgers que participam nesse Encontro e muito em particular para o Gonzalo Ramírez Cleves. Saravá Gonzalo!
Xanices
Por razões que agora não vêm ao caso sei que, presentemente, está internado no serviço de cuidados intensivos de um dos principais hospitais de Lisboa um rapaz de 28 anos que, no regresso a casa, vindo do trabalho, teve um acidente e ficou tetraplégico. É pai de duas crianças pequenas. Quando recuperar - se recuperar - irá ser transferido directamente daquele serviço para o hospital de Alcoitão. Se houver vaga, claro... Lembrei-me dele por ter lido aqui, que «vários grandes empresários e os presidentes das Câmaras do Porto e Barcelos» estão dispostos a financiar a viagem de regresso e a proporcionar emprego, alojamento e «boas condições» à cidadã russa que, há uns meses atrás, voltou ao país de origem levando consigo a filha, sensibilizados pelo facto da criança ter sido afastada do casal de portugueses que a teve à sua guarda durante os últimos quatro anos. Correndo o risco de emitir uma opinião herética, que muitos julgarão cruel, pergunto a mim própria o que há assim de tão horrível em ser levado pela mãe biológica para o país de origem, onde vive o resto da família, a ponto de justificar a preocupação dos grandes empresários e presidentes da câmara deste país, como se por cá não existissem situações verdadeiramente trágicas e desesperadas, a merecer atenção. Isto para já não falar noutro tipo de aberrações ...
Junho, 10
Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.
Luís de Camões
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.
Luís de Camões
Nós e os outros
Nas eleições para o Parlamento europeu apenas 43,01 por cento dos cidadãos foram às urnas, e tal correponderá, dizem, à «participação mais baixa de sempre». Há quem veja nesta aberração «vontade de castigar os protagonistas do teatro político». Antes fosse, mas tenho sérias dúvidas. Desconfio que é apenas mais uma manifestação do egoísmo e indiferença que corroem os espíritos dos indivíduos que constituem aquilo que se costuma designar por «sociedade civil». E seria de esperar outra coisa, quando nas instituições, no dia a dia, o que se privilegia, a todos os níveis e em todas as áreas, é a condição de consumidor e se desvaloriza as questões de cidadania? Há umas semanas atrás a notícia era que, no outro lado do mundo, havia gente a fazer quilómetros e a esperar, pacientemente, em fila, só para poder votar. A globalização tem destas coisas: um conceito inventado pelos gregos está, presentemente, a ser aplicado na Índia, com resultados significativamente melhores que na sua origem. E depois ainda há quem se admire do estado da nossa economia, como se esta e a política fossem realidades estanques...
Ignorância cruel
«O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, escusou-se ontem a comentar a decisão da Justiça portuguesa de entregar a menina russa Alexandra à mãe biológica, mas sublinhou que errar "faz parte da natureza humana". Também o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, se referiu ontem ao caso, afirmando que a sentença da Relação de Guimarães mostra "a incapacidade do sistema judicial português" e configura "uma situação verdadeiramente cruel". Rio afirmou-se particularmente chocado com o facto de Gouveia Barros, o juiz responsável pela sentença, ter afirmado que voltaria a decidir da mesma forma perante uma situação semelhante.» [notícia do Público, ed. impressa]
Estou aqui a pensar o que diria o dr. Rui Rio se o juiz em causa se pronunciasse publicamente sobre a forma como ele governa a Câmara em função do que lê nos jornais ...
Estou aqui a pensar o que diria o dr. Rui Rio se o juiz em causa se pronunciasse publicamente sobre a forma como ele governa a Câmara em função do que lê nos jornais ...
Haja paciência!
A imprensa anuncia que uma «mega-estrela» internacional, a viver o que aparenta ser um casamento disfuncional, pretende comprar uma casa no Allgarve para aí passar a residir com os filhos, e as autoridades locais logo rejubilam: “Gostamos que pessoas como ela vivam em Lagos. Ela já demonstrou um forte sentido social. Acho que vai fortalecer os laços familiares.” Pode ser até [digo eu, claro] que resolva adoptar mais umas quantas crianças, que desta forma terão uma oportunidade de escapar a um destino semelhante ao que teve aquela infeliz Joana, que vivia para os lados da Mexilhoeira Grande. Rejubilam, ainda, os incautos leitores, aliviados por descobrir que malgré tout, gente de «categoria» está disposta a viver neste país que outros, na revista ao lado, vêm condenado, porque «o regime acabou, faliu». Nesta Babel mediática, em que diariamente chafurdamos, é difícil ter uma noção minimamente verdadeira do «país real», dos costumes e carácter das suas gentes, mas se tivesse de escolher talvez optasse por esta aqui : mais de 700 pessoas reuniram-se numa quinta isolada para jogar à batota e acabaram vítimas de um assalto perpetrado por 3 deles. Ora é esta mesma multidão de gente anónima, insuspeita, impoluta, gente que todos os dias ouvimos clamar, indignada, e emitir juízos a torto e a direito, sobre tudo e todos, que os media convocam para julgar, no tribunal da «opinião pública», outros que, não sendo «mega-estrelas» populares, serão credores, pelo menos, de respeito. Veja-se, a título meramente ilustrativo, este exemplo. Haja paciência!
Tempos modernos
Um ex-secretário de Estado e ex-presidente de um banco, que se encontra detido à ordem de um processo judicial, foi hoje à Assembleia da República afirmar que um seu ex-colega de governo, presentemente conselheiro de Estado, prestou falsas declarações à dita Assembleia num assunto sobre o qual já se havia pronunciado o vice governador do Banco de Portugal, cuja versão o ex-secretário de Estado, agora ouvido, confirmou. Depois de ler o artigo no Público fiquei para aqui a pensar se todos estes actores agora em cena no palco mediático têm o potencial necessário para destronarem estas outras estrelas dos tempos modernos, ao nível das audiências. Confesso que tenho dúvidas, e o facto de ter dúvidas sobre o que verdadeiramente é importante para os meus concidadãos talvez explique o (mau) estado a que chegou esta República...
A decisão de não ir (adit.)
Esta tarde, em resposta a um comentário ao post anterior, remeti para uma entrevista do Presidente do Conselho Superior da OA, que pode agora ser lida, on-line, aqui, para que cada um ajuize por si.
A decisão de não ir
Ontem lembrei Cícero, porque me apeteceu. Hoje refiro as comemorações do Dia do Advogado, apenas para assinalar o facto deste ser o dia de Santo Ivo. Também eu acredito que a minha Ordem «sobreviverá, apesar dos maus momentos que pode estar a passar». Subscrevendo integralmente o que ouvi, há pouco, ao Presidente do meu Conselho - e que, parcialmente, pode ser lido aqui - fico-me pelos votos de que para o ano tudo seja diferente.
Por que não te calas?...
«"Vim uma vez à Turquia e lembro-me que andávamos por aqui e às vezes punha o nariz em baixo e dizia: ‘Eu queria era estar na Capadócia. Eu queria era ir à Capadócia'. Dessa vez não foi possível mas o meu marido fixou que eu tinha essa fixação na Capadócia. A minha filha já dizia: ‘Ó mãe, cala-te com a Capadócia'", confidenciou aos jornalistas Maria Cavaco Silva. "Visitar a Capadócia era desde há muito tempo um sonho da minha mulher. E depois de ler alguns livros sobre a Capadócia, eu próprio comecei a sentir-me atraído por esta parte da Turquia", concedeu Cavaco Silva (...)» [RTP]
Reportagem mais detalhada aqui.
Reportagem mais detalhada aqui.
Dos Enfermeiros [e do tempo que passa...]
Li aqui que hoje, Dia Internacional do Enfermeiro, fez-se greve, por melhores condições de trabalho e «em defesa de uma enfermagem de excelência». «Apesar de serem licenciados, tal como os professores ou os inspectores, a tutela propõe que recebam menos. Aos enfermeiros é proposto um ordenado de 1200 euros, enquanto os inspectores recebem cerca de 1400 e os professores 1500», refere o jornal. Dois factos me levam a ser sensível à notícia: conheço bem - saber de experiência feito - a drástica importância que um bom enfermeiro tem na qualidade de vida de um doente, no caso, a minha mãe; já vi como é dura a actividade de um enfermeiro, no caso, a minha filha, que irá queimar as suas fitas no próximo fim de semana. Depois há estas notícias, que põem o coração de uma mãe apertado, e pensa-se: alguma vez haverá dinheiro que compense?
Leitura obrigatória
«O Conselho Distrital do Porto tomou conhecimento de que o Senhor Ministro da Justiça remeteu ao Conselho Superior do Ministério Público, para apreciação, o projecto de alteração do Estatuto da Ordem dos Advogados que lhe foi submetido pelo Conselho Geral e pelo Senhor Bastonário.
Este projecto foi elaborado e enviado com total desconhecimento dos demais órgãos da Ordem dos Advogados e dos Advogados, os quais não tiveram a possibilidade de o discutir, e de propor as alterações que houvessem por convenientes.» [ o comunicado e dito projecto podem ser lidos aqui]
Histórias com porcos
«Somos todos iguais, mas há uns que são mais iguais que outros». [George Orwell]
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