"Cristo está no nosso coração, Cristo é o pobre que encontramos, Cristo está no sorriso que damos e no sorriso que recebemos" afirmou a Madre Teresa, em Oslo, quando recebeu o prémio Nobel.
Soube-se agora que cerca de três meses antes dessa data, a Madre enviou uma carta ao seu confessor, na qual afirmava: "Jesus tem um amor muito especial por si (...) quanto a mim, o silêncio e o vazio é tão grande, que olho e não vejo, escuto e não ouço, a língua move-se mas não fala... Peço-lhe que reze por mim - que Lhe dou carta branca".
De acordo com o que li num artigo da TIME , traduzido e republicado pela Visão, há quem veja entre estas duas afirmações uma insanável e perturbadora contradição.
Não vejo porquê. Sempre pensei que a santidade não provém do que somos, mas do que fazemos com isso.
1 comentário:
Acho que é mais profundo do que isso.
Talvez ela esteja, no meio da crise de fé e da escuridão, muito mais perto de Deus do que se podia imaginar.
Para quem é crente, penso ser emocionante pensar no que alguém lembrou a propósito da crise de fé da Madre Teresa: momentos antes de morrer, Cristo chamou e duvidou: "Pai, porque Me abandonaste?"
E Pedro negou-O por três vezes...
Não vejo como seja possível imaginar alguém mais perto da santidade do que alguém que se debateu com uma sensação idêntica à de Cristo, de que Deus a abandonou...
Enviar um comentário