Através do blog «Diário de um sociólogo» descobri, ontem, que as hienas have intelligent hunting skills. Para atacar as manadas dentro de um curral, empurram uma hiena sem dentes contra a cerca e mordem-na com tanta força que, para fugir às dentadas, a desgraçada se vê forçada a passar através dos espinhos. Franqueada uma entrada pela passagem da hiena desdentada, segue-a um exército de hienas cruéis que, então, dará início ao banquete. Vale a pena ler o artigo do economista queniano James Shikwati, onde esta estratégia é relatada, assim como a entrevista dele, que encontrei aqui. Shikwati escreve sobre os estados e as elites africanas, mas a imagem que usa parece-me absolutamente adequada para descrever muitas mais realidades em muitos outros países, incluindo os ditos «desenvolvidos». Numa lógica de pura sobrevivência, a estratégia das hienas será, provavelmente, a que dá mais triunfos e por isso atrevo-me a dizer que Orwell estava enganado: o domínio não será dos porcos, mas sim das hienas. Tempos houve [será que alguma vez voltarão?] em que a fauna humana era mais diversa, ocasionalmente o improvável acontecia, e as batalhas podiam, até, terminar assim.
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