Eu gosto de rádio. Muito. Em tempos estudei a ouvir rádio, hoje trabalho a ouvir rádio, dias inteiros ligada, sempre na mesma estação. No princípio era a RDP, que mais tarde passou a Rádio Comercial. Foi aí que me «viciei». Depois a Rádio Comercial alterou o rumo, os meus programas preferidos desapareceram. Durante uns tempos mudei-me para a RFM, mas rapidamente me cansei de ouvir sempre as mesmas músicas, regra geral as mais vendidas. Um dia, no rádio do carro, a minha filha mais velha gravou a Radar e eu deixei ficar. Foi aí que, uns tempos depois, descobri, com alegria, a voz de alguém que, durante anos a fio, educou o meu gosto musical. A partir de então os meus serões de trabalho passaram a ter, como banda sonora, um programa chamado «Viriato 25» e o inconfundível som da voz do António Sérgio. Infelizmente, esse tempo acabou hoje e, desta vez, o silêncio é definitivo. Foram 30 anos a ouvi-lo. Perdi uma voz amiga. Estou triste.
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4 comentários:
Boa noite, Nicolina
Também eu adoro rádio e oiço-a todos os dias.
Por sinal, também foi a minha filha mais velha que me pôs a ouvir a Radar. Tornei-me ouvinte assídua. É por isso que também estou triste hoje. Muito triste, já que o António Sérgio também foi um grande educador do meu gosto musical.
Triste e solidária consigo.
Obrigada, Ana Paula. De facto o António Sérgio influenciou o gosto musical de várias gerações e a Radar é, presentemente, aquilo que em tempos foi a RDP e a Rádio Comercial. É também a minha estação. Um abraço.
Nicolina,
Quero solidarizar-me consigo, porque nós, que não dispensamos a rádio, facilmente consideramos as suas vozes como as de alguém que pertence à família. Quando, por motivo de doença ou morte, nos deixam, ficamos com essa tristeza e, por que não dizê-lo, um vazio.
Ouvi ontem num noticiário (não me lembro em que estação), de que António Sérgio tinha deixado gravados os programas desta semana e que a Radar decidiu transmiti-los, apesar da sua morte. Assim, creio que a Nicolina poderá fazer o tal "luto" que é necessário nestas situações, ouvindo ainda a sua voz.
Um grande abraço.
Josefa
Alguém que pertence à família. Tem toda a razão, é isso mesmo. Estive fora este fim de semana, acabei de chegar a casa. Liguei a rádio e a sensação é estranha...
Obrigada, Josefa.
Um grande abraço para si também.
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