A OA, as eleições, a razão e o coração

Estou nestas eleições única e exclusivamente em defesa de princípios.

Gostarei que a minha lista seja a mais votada, porque isso quererá dizer que a maioria dos advogados subscreve esses princípios. Se esse for o resultado, assumirei as minhas responsabilidades, na esperança de conseguir um futuro melhor para todos. Se não for, terei pena pelo facto da maioria não concordar comigo, mas não mais que isso.

De qualquer forma, seja qual for o resultado da contagem dos votos do dia 30, depois de ler este 'post', ao nível estritamente pessoal já me sinto vencedora. O mais que advenha da contagem não passará de responsabilidades e obrigações.

Para o M.C.R., autor do 'post', e para o JAB, que me incluiu no projecto, aqui fica um sentido e sincero muito obrigada.

2 comentários:

Anónimo disse...

Há momentos na vida em que apenas os princípios nos sustêm de pé, apenas a fé nos princípios - como a Fé em Deus - nos dá a certeza de que estamos em segurança.
A lista encabeçada pelo Dr. JAB mostrou-me que há quem tenha a mesma fé nos princípios e que há - continua a haver - quem deles não abdique.
A afirmação e defesa dos princípios norteadores da nossa profissão dá-me tranquilidade: mesmo que a lista não ganhe, ela constitui um marco na história da nossa Ordem.
E por isso, pelo menos por isso, eu fico grata a esta lista Excelente.

Anónimo disse...

Já tinha comentado qualquer coisa mas pelos vistos não entrou.
Falemos então de princípios, da forma como os assumimos e deles fazemos comportamento exterior para com os outros e regra única de conduta para connosco.
A assumpção diária do caminho de escolhos em vez das auto-estradas do facilitismo, dos compadrios, do desenrasca mais do que ilegal, imoral, acarreta mais dissabores do que alegrias. Mas, ultima ratio, dá inevitavelmente um descanso de consciência próprio daqueles que fazem da verticalidade e da honestidade de procedimentos modo de vida único, inegociável.
É quase como ser-se monástico sem voto jurado. É praticar uma religião augusta nos princípios, espartana na exteriorização, com um não inconformado sempre pronto a fugir do sim comprometido por razões sempre dúbias.
É difícil ser-se assim e incomoda. Ganham-se inimigos, fazem-se inimizades falsas e ainda bem, pois ficamos a saber quem é de facto como nós ou que nos segue pelo exemplo.
Esta candidatura é um “pontapé no balde”, e foi-o desde o início, onde, de forma cobarde, dissimulada, sem rosto, gerou logo a princípio ataques à dignidade das pessoas. Mostraram-se assim os invertebrados da escuridão, os cobardes mascarados, aqueles a quem não interessa a integridade, a ética, o carácter. Esses, os instalados, ou os simples lacaios que os assistem, leram e beberam o Príncipe como se da Bíblia se tratasse e fazem do “vale tudo” regra de conduta universal.
Por isso, só por isso, esta candidatura já ganhou. Ganhou o meu respeito, a minha admiração e ganhará o meu apoio se a tal tempo chegar.
Não receiem os heróis da escuridão, os Brutus na lusa praça. Eles têm nome e rosto, encoberto, mas têm-no. É o rosto da vilania, do oportunismo diário com que nos brindaram, da vã ostentação de vaidades risíveis.
Independentemente do resultado a candidatura do Dr. JAB é a candidatura dos Princípios comportamentais e profissionais, enquanto valores norteadores de uma profissão digna que nem todos dignificam e que dela querem fazer liana para treparem ao ponto de onde o homem vertical desceu há muito tempo.
Talvez alguns ainda arrepiem caminho e encontrem na definição do pagamento dos serviços do advogado o verdadeiro radical do que lhes falta, a honra.