O deputado José Lello descobriu, agora, que o voto por correspondência, usado nas eleições há mais de trinta anos, tem "muitas imperfeições" e pode ser "potencialmente permeável à fraude". Sendo o PS um partido tão preocupado em pôr o país a usar as novas tecnologias, pensei que viria aí o voto electrónico, mas o deputado diz que «o relatório da Comissão Nacional de Protecção de Dados "é bem elucidativo quanto à permeabilidade dos sistemas informáticos a intrusões abusivas e às imensas dificuldades que um tal sistema apresenta para garantir a fiabilidade de um acto eleitoral"» e por conseguinte, os emigrantes ou votam nos consulados ou então... não votam. Estranha opção quando se pensa que foi este governo quem inventou uma forma SIMPLEX de casar, divorciar, registar os filhos, comprar casar, constituir uma empresa, modificá-la e dissolvê-la, declarar rendimentos, apresentar participações criminais e eu sei lá que mais. Estou cá desconfiada que o deputado Lello não anda atento aos filmes de propaganda do governo do partido dele.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Drª Nicolina Cabrita,
Duas coisas erradas não fazem uma coisa certa. Eu estou totalmente de acordo com o princípio que levou à simplificação que o governo operou, sendo certo que pelo meio alguns direitos corram o risco de ser atropelados.
O facto de haver simplificação em alguns aspectos não torna essa simplificação um erro pelo facto de não haver simplificação noutras.
Em suma, smo, também se deveria ter simplificado o voto dos emigrantes (e de nós todos).
Aliás, sendo especialista em informática, além de Lic em direito, estou convicto, ao contrário da CNPD, que o voto electrónico universal é possível e desejável. Antevejo aliás uma espécie de Res Publica em que todos os cidadãos votem todas as leis através de voto electrónico.
Enviar um comentário