Começou com este texto, que suscitou esta única resposta, a propósito dos quais já escrevi isto.
Continuou, depois, com este outro e ainda este , publicados imediatamente antes da realização da Assembleia Geral Extraordinária dos Advogados, convocada neste contexto, e na qual se aprovou isto e pouco mais.
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Nem de propósito, no dia em que foi publicada esta entrevista, os advogados ficaram a saber isto.
Tenho de reconhecer, no entanto, que a ideia de acabar com a Ordem não é recente.
Recordo a indignação do Bastonário Pires de Lima, a propósito de umas certas propostas de lei que visavam retirar poderes às ordens profissionais.
Mais tarde, na altura em que se iniciaram os trabalhos de revisão do velho Estatuto da OA, foi publicado este texto na Revista, que mereceu do Bastonário José Miguel Júdice o seguinte comentário: "Estão sempre em confronto duas concepções de advocacia : uma mais anglo-saxónica, em que a organização dos advogados é uma instituição da sociedade civil, sem os direitos nem os deveres decorrentes de funções públicas; outra mais continental em que se insere a tradição da nossa Ordem. O texto do Dr. Rangel exprime uma concepção perfeitamente legítima e totalmente liberal da profissão : para vos dar um exemplo, a Law Society de Inglaterra e Gales defende que é admissível que empresas abram em supermercados gabinetes de consulta jurídica. Sou um reformista e fui muito atacado - creio que injustamente - de querer destruir a Profissão. A Advocacia em Inglaterra é muito poderosa, mas não se iludam que não tem os valores que nos caracterizam. O meu modelo não é o inglês e não fui eleito para o concretizar.(...) José Miguel Júdice, 2002-11-21 (cfr. aqui ).
Que eu saiba, e até ver, foi o último Bastonário a proferir tal afirmação, e é manifesto que há quem esteja a aproveitar isso.
A bem da profissão e dos advogados, só posso desejar que o próximo ainda chegue a tempo...
3 comentários:
Salvê conforlégica Nicolina
aqui vai o meu non comments...
bjs
E tal como lhe referi, desde que os representantes das maiores sociedades de advogados se reuniram na OA e ameaçaram com a criação de uma associação paralela à Ordem, já acredito em tudo...
Cumprimentos
Obrigado pelo comentário. Já fui ler o post do Dr. José António Barreiros e verifiquei que até concordamos na situação. Porém, a única diferença é na virtude ou no defeito, depende da perspectiva. Para ele, o problema é simplesmente de vaidade. Para mim, o problema é de ingenuidade. Isto porque o cargo de PGR é essencialmente político e quem não perceber isso logo de início arrisca-se a ter um mau desempenho no cargo. Já agora, e a título de opinião pessoal, quem percebeu isso desde o início foi o Dr. Cunha Rodrigues.
Cumprimentos
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