"Há uns anos fui convidado pelo Centro de Estudos Judiciários para fazer uma pequena prelecção sobre Deontologia e Magistratura.
No final, em período de debate, um senhor magistrado questionou-me dizendo que aquele não era um tema pertinente ao desempenho das magistraturas já que a deontologia destas estava vertida nos diversos códigos de processo.
Com efeito, a quem lida com códigos, é por vezes difícil perceber que há mais vida para além deles, que há mais regras para além das que neles constam.
Com efeito, a quem lida com códigos e tem deles a noção pragmática que o quotidiano impõe, não é fácil conceber um acervo de princípios que se radicam na ética e que não gozam do imediatismo da sanção.
À pergunta “É razoável estabelecer princípios de conduta para um serviço público sem eficácia jurídica?”, responderei, inequivocamente, que sim." (...)
Há regras para além dos códigos
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